segunda-feira, 10 de agosto de 2009

DIÁRIO DA OFICINA
DIRETO DE SAMPA

Estou escrevendo do notbook do produtor da oficina do Cine Mais Cultura, Carlos Eduardo, estamos conectados da avenida Sao luiz, e a partir de hoje vamos mandar informacoes diárias de como está sendo o curso.
Somos em dois coordenadores, Joice Durello e Wau M.Q., escrevemos o projeto juntos, contamos também com a colaboracao de Márcio Ramos e Evandro Braganca na logística para conseguir a documentacao e concorrer ao edital que nos contemplou com um equipamento de exibicao e de producao de conteúdo, dos mais de 600 projetos enviados, estamos entre os cem que foram selecionados para receber o equipamento, projeto que teve como proponente a Organizacao Cultural e Ambiental (OCA), projeto que contou com assinaturas de várias entidades, além do apoio da Secretaria de Cultura de Hortolandia.
O curso aborda a história do cinema mundial e nacional, também aborda a história do cineclubismo, que difere do cinemao pelo diferencial do debate, inclusive debate é um dos temas, a sustentabilidade e a gestao do projeto sao a matéria operacional da oficina.
Sao 46 participantes do estado de Sao Paulo, a apresentacao do curso foi feita pelo coordenador do cine mais cultura, Frederico Cardoso, e os oficineiros sao as lendas vivas do cineclubismo no país, Joao Batista Pimentel secretário do Conselho Nacional de Cineclubes, e Frank Ferreira, também do conselho, a oficina acaba na sexta próxima, e no sábado estaremos de volta a casa.
Hoje várias dúvidas foram esclarecidas, a primeira é sobre o local, ou ponto de exibicao, o endereco pode ser mudado, antes mesmo de chegar o equipamento, basta enviar um mail com a cópia de um croqui com o novo lugar, a intinerancia do equipamento e do conteúdo serao em breve liberados, mas os pontos devem ser no máximo cinco por projeto, além de um transporte planejado, com case completo como exigencia, é necesserário comunicar a coordenacao nacional do cine mais, e justificar o projeto de cineclube intinerante, mediante assinatura de um segundo termo.
A entrega dos equipamentos está prevista para trinta dias após o término da oficina, o presidente da entidade proponente receberá um termo de parceria com o Minc, lembrando que, o equipamento nao é uma propriedade dos proponentes do projeto, sao posse, existe um vínculo com o Minc por dois anos, o equipamento é para uso estritamente público, nao é para festas para arrecadar dinheiro por exemplo, o patrocínio de uma empresa, ou dos comerciantes locais sao formas de sustentar o projeto, pois existe um custo com a manutencao, divulgacao, e no caso de um projeto permanente, que funcione todos os dias da semana, a possibilidade de ajuda de custo para os coordenadores também está prevista, o excedente de recursos advindos de apoio cultural, devem ser usados somente para o projeto, e a prestacao de contas deve estar a dispocisao para consulta, o ingresso mínimo como taxa de manutencao pode ser outra opcao, embora pela experiencia do projeto Hortocine no entorno do jardim Rosolém, provavelmente nao funcionaria, a proposta é que o acesso as exibicoes deve ser gratuíto para a comunidade, e que o Cine mais esteja integrado com os outros projetos do Mais Cultura, como os pontos de leitura por exemplo, quanto ao acervo de filmes da Programadora Brasil, com o pacote de doze filmes, os próximos filmes deverao ser indicados previamente pela comissoes gestoras locais, a entidade responsável deve estar bem envolvida com a iniciativa proposta, o acompanhamento do projeto será feito através de uma parceria entre o Cine Mais e o Conselho Nacional.
Na parte da tarde comecamos com a história do cinema, dos irmaos lumiere até nouvelle vague, mas isso é papo pra amanha.
Uma rede do Cine mais será estabelecida, uma rede de exibidores e realizaores, para que o audiovisual seja democratizado, e para que a populacao tenha uma opcao nao somente de mais uma sala, para que os cineclubes sejam uma alternativa para as salas comercias, e para que as producoes independentes de todo o pais tenham pontos de exibicao, a maioria das pessoas nao vao ao cinema, entao o cinema deve ir até elas, e nao é qualquer cinema.

Wau Marquez
Poeta e Escritor